O diagnóstico identifica o sintoma e a sua localização. Eventualmente, pode também apontar uma causa. Por outro lado, o prognóstico emite hipóteses sobre a evolução do sintoma e sobre as probabilidades de cura a partir do tratamento proposto.
Sabe-se que um bom diagnóstico é meio caminho andado para a cura e o sucesso do tratamento. No entanto, certos médicos não hesitam em afirmar que mais de 50% de mortes em patologias consideradas graves resultam do impacto do diagnóstico e do seu corolário: o prognóstico.
Na Sociedade da hiper-vigilância em que vivemos, o Diagnóstico está a transformar-se, quase sistematicamente, num Prognóstico:
a importância que a doença toma na vida de uma sociedade e das pessoas é uma forma de terror que lhes é imposta, que as pessoas compreendem bem e que acabam por incorporar profundamente. Dentro de poucos anos o mundo será um imenso hospital sem possibilidades de atendimento, sem recursos para ser gerido convenientemente. As pessoas, aprendendo o medo como uma lei social, vão dedicar-se à doença como não se dedicam aos amigos e aos parentes (Agustina Bessa-Luís, Dicionário Imperfeito, Guimarães Ed.).
No final do livro apresento, nos Anexos, alguns testemunhos de diagnósticos que tiveram um impacto bastante negativo.
Este curso propõe:
- - Apresentar soluções para evitar um Diagnóstico destrutivo.
- - Apresentar novas leituras de Diagnósticos/patologias a partir da perspectiva da Terapia SimBiológica.
Medo e perigo de certos diagnósticos
(do livro Estarei Mesmo Doente? A doença como saúde, Presença, 1999, a ser reeditado em 2016).
O medo da doença é comum, sobretudo quando é alimentado permanentemente por informações assustadoras- reportagens sobre epidemias no mundo, relatórios médicos sobre doenças, estatísticas contraditórias. O medo, utilizado como uma poderosa arma manipuladora, destilado diariamente de modo homeopático ou injectado em doses mais violentas, como acontece durante certas campanhas de “informação”, cria um clima de instabilidade propício a comportamentos irracionais.
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Um caso de diagnóstico destrutivo
São tantos os casos de Diagnósticos destrutivos que não é tarefa fácil escolher um.
Este, que aqui apresento, vai ser difícil esquecer.
Chegou ao meu consultório o João, um rapaz de 7 anos, acompanhado dos pais. A criança tinha dificuldades escolares, que preocupavam os pais.
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